O projeto Ecofrade, uma parceria do Instituto Últimos Refúgios com a Vale e a Associação dos Moradores, Proprietários e Amigos da Ilha do Frade (Samifra) e o apoio da Prefeitura de Vitória e da Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis da Ilha de Vitória (Amariv), dá início ao seu quinto ano de atuação no bairro Ilha do Frade em 2025. O período é marcado por diversas ações para a preservação da biodiversidade da região.
A iniciativa foi criada em março de 2021 para implementar a coleta seletiva na Ilha do Frade, que abriga a Área de Proteção Ambiental (APA) Baía das Tartarugas. Até 2024, foram recolhidos 123.510 quilos de materiais recicláveis, o que representa R$ 95.382,00 distribuídos entre os integrantes da Amariv. Graças a essa quantidade coletada, 49.403,00 quilogramas de CO2 deixaram de ser lançados na atmosfera ao longo desse período, o que equivale ao plantio de cerca de 345 mudas de árvores nativas. Além disso, 42,30 quilos de pilhas e baterias foram coletados e descartados corretamente.
Neste ano, o projeto também contemplou a realização da campanha ecológica “Ecolé: feito por você!” nas praias da Ilha do Frade, Guarderia e Curva da Jurema. Em um esquete humorístico, atores venderam picolés, petiscos e sucos feitos com canudos, tampinhas, guimbas de cigarro e sacolas recolhidos da areia. Foram quase 1.900 pessoas alcançadas em dez ações de conscientização ambiental e outras seis ainda estão previstas para acontecerem até o final de 2025.
Trajetória
A primeira etapa do projeto Ecofrade incluiu a estruturação da coleta seletiva e a elaboração do plano de gerenciamento de resíduos sólidos (PGRS) da Ilha do Frade, juntamente com o levantamento de indicadores. Após essa etapa, foram adquiridos cinco pontos de entrega voluntária de coleta de resíduos recicláveis (PEV) com capacidade para 2.500 litros e 14 contentores de 250 litros, todos destinados à coleta de resíduos domiciliares, e um coletor de pilhas e baterias.
Com a escolha do nome “Ecofrade” pela comunidade, o Instituto Últimos Refúgios também criou a identidade visual do projeto, além de uma cartilha educativa, adesivos em versões impressas e digital, peças para divulgação nas redes sociais e a mascote Olívia, representando a tartaruga-verde comum na região, que teve seu nome escolhido pela comunidade.
O diretor de Projetos do Instituto Últimos Refúgios, Raphael Gaspar, lembra que somente a estruturação da coleta seletiva não seria suficiente, pois era preciso mudar os hábitos dos moradores do bairro. “Por isso, tivemos que fazer muitas ações de sensibilização ambiental, e até hoje as repetimos de maneira regular”, explica.
Instituto Últimos Refúgios
O Instituto Últimos Refúgios é uma Organização da Sociedade Civil (OSC) que atua na área ambiental e cultural relacionada à conservação de espécies e ambientes, principalmente no Espírito Santo. Aposta na educação ambiental para equilibrar a relação entre as pessoas e a natureza.
Fonte/Créditos: Denise Klein
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